Bem-Estar Animal na Produção de Frangos

por | 14.set.2016 | Avicultura, Sensores

Tal como os seres humanos, os animais precisam ter seu bem-estar avaliado. O conceito de bem-estar está relacionado a relação do indivíduo ao seu estado no ambiente o qual se encontra. Essa relação é passível de medição. Se o indivíduo é incapaz de lidar com o ambiente ou essa capacidade está dificultada, podem ser fatores que indicam mal-estar. Dessa maneira, o mal-estar se reflete no prejuízo em operações da vida simples, como crescer e se reproduzir, além de se refletir no comportamento, em doenças, em expectativa de vida reduzida.

Tamanhos são os malefícios que se fazem necessárias constantes medições de bem-estar. O bem-estar animal reflete também na produção de alimentos para humanos. A agropecuária é influenciada pelo fato que os animais não estão bem adaptados para o seu ambiente, mas isso não necessariamente implicará em desvantagens. É evidente, no entanto, que animais bem tratados trarão vantagens para todas as partes interessadas, sejam criadores ou consumidores.

A literatura acadêmica apresenta diversos trabalhos nos quais são enfatizados a importância do bem-estar, como, por exemplo, na realização de um manejo pré-abate de animais de maneira menos estressante. Avalia-se que animais menos estressados apresentam menos ferimentos e por consequência, o criador encara um desperdício menor de recursos.

O consumidor também é um ator chave no processo, afinal ele é quem move a cadeia produtiva. Devido à distância entre os setores produtores e os consumidores, tem se tornado necessário o estabelecimento de mecanismos para amenizar a assimetria de informações entre os mesmos, de modo que o consumidor possa tomar decisões de escolha baseados em informações relevantes, mas que não conseguiria processar sem a sinalização desses mecanismos. Trata-se, portanto, de iniciativas que garantam a qualidade (intrínseca, subjetiva) dos produtos, como a certificação, a rastreabilidade ou o apelo de uma marca, por exemplo.

Veja alguns princípios e critérios para avaliação do bem-estar animal

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Assim, o bem-estar animal também entra no conceito de sustentabilidade. As políticas alimentares que são sustentáveis devem ser ecologicamente saudáveis, viáveis e justas socialmente. Isso implica que tratar os animas de maneira mais humanitária – ou seja, com mais compaixão e empatia – é essencial para colocar a sustentabilidade em prática, já que em países que estão em desenvolvimento tem como tendência a ter pessoas que dependam diretamente dos animais para a sua alimentação, geração de renda e manutenção de condição social.

Mais do que a indústria bovina, a indústria que trata das carnes de aves e suínos estão sendo mais industrializadas. Não obstante, são essas industrias que lideram a busca por novas formas de promover e buscar o bem-estar animal. A adoção de políticas que se centrem nos animais fomenta a observação e identificação das deficiências dos atuais modelos de criação e dessa maneira, criar soluções que sejam mais eficientes. Ainda, as soluções propostas para um modelo sustentável devem ser contempláveis a todas as pessoas que se afetam por estas, passando pelos criadores e alcançando até o consumidor final. É importante destacar que se a solução traz efeitos negativos para os animais, ela tende a não ser implementada adequadamente.

Conclui-se dessa maneira que é mais do que importante, é fundamental que o tratamento para os animais se dê de maneira mais humanitária. Por mais complexo que esse conceito seja em suas aplicações, ele tange justamente ao tratamento dos os animais com empatia e compaixão, reduzindo o sofrimento e melhorando a relação animal e ambiente. Sem isso, as práticas de um desenvolvimento sustentável não podem ser levadas adiante.

 

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