Cada atividade precisa de um ambiente preparado e próprio para o trabalho realizado e o cuidado com os frangos também. Aliás, é importante que os avicultores, veterinários e demais pessoas que trabalham com os frangos lembrem-se sempre de duas coisas: a primeira, é que essas aves, como seres vivos, têm necessidades ligadas à saúde; a segunda, é que essa saúde reflete, certamente, na carne e também nos ovos.
Passo 1 – Temperatura
Qualquer estabelecimento precisa de uma temperatura adequada para a qualidade dos seus produtos. Uma adega, por exemplo, perderá o vinho se a sua temperatura não for ideal e é imprescindível que os veterinários e produtores compreendam que a temperatura também é uma condição primária para a produção eficiente.
Primeiramente, deve-se pensar no local onde o galpão está localizado. A recomendação é que seja em um local com temperatura mais constante para evitar que sejam necessários ajustes recorrentes. No entanto, é claro que pode haver produção eficiente em lugares cujo clima é variável. Nesse caso, será preciso um sistema que adeque a temperatura, mantendo os animais confortáveis.
Passo 2 – Umidade Relativa
Assim como o ser humano precisa da umidade relativa adequada para a sua saúde, os frangos também necessitam que os galpões forneçam essa umidade ideal.
É importante lembrar-se de que a umidade está ligada à temperatura e que esses animais não têm sudorese, ou seja, eles não conseguem “retirar” o calor de si por meio do suor: é o ambiente que precisa proporcionar a troca de calor (através de condições adequadas).
Quando uma ave não consegue livrar-se desse calor, ela começa a respirar de forma mais rápida para liberar o ar e isso a prejudica. Por conta do estresse, a ave adquire problemas físicos que, se não causarem a sua perda, deixam a carne e os ovos com baixa qualidade, além, é claro, de uma conversão ineficiente de ração em proteína.
Passo 3 – Qualidade do Ar
Diz-se que um espaço tem grande qualidade de ar quando há bastante oxigênio e com baixa poluição e, para conseguir, o caminho é a ventilação mínima.
É importante entender que aqui não se deve colocar as aves em contato direto com o ar de fora. Na verdade, a ideia é que esse contato do ar seja bastante suave: ele entra, refresca e ajuda a limpar o ar de substâncias prejudiciais que serão vistas um pouco abaixo.
Para que o ar esteja adequado para a produção de frango, é essencial que alguns níveis sejam observados, como o de dióxido de carbono e o de amônia. No caso do dióxido, o intervalo precisa ser entre 0,3% e 3.000% ppm; já a amônia deve ser inferior a 10 ppm.
Passo 4 – Luminosidade
Em uma produção de frango, a luz tem uma função bem mais expressiva que apenas iluminar. Na verdade, com um bom sistema de luz, os produtores conseguem melhorar o desempenho das aves em diferentes idades e também algo importante: cuidar do peso.
Engana-se o produtor que acha que o melhor frango para comercializar é o mais gordo: na verdade, existem especificações no mercado e elas precisam ser respeitadas, sendo a luminosidade uma aliada.
Normalmente, o uso correto da iluminação ajuda o produtor a fazer com que o frango reduza o seu peso. Porém, deve haver acompanhamento dos veterinários e da saúde das aves, pois a luminosidade inadequada também adoece os animais e, certamente, deixa a produção ineficiente.